"A vida só ensina a quem quer e admite que precisa aprender. O conhecimento não está no ar, é preciso buscá-lo."

"É melhor ter coragem de fazer a diferença. Se quiser, é claro. Se não quiser, tudo bem. O futuro espera pelo seu lamento."

AQUI VOCÊ PODE ENCONTRAR MUITA COISA INTERESSANTE OU INÚTIL. DEPENDE DE COMO VOCÊ VÊ.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Peça Ajuda !!!

Muitas pessoas amargam infelicidades e infortúnios por não terem o bom senso e a justa humildade de pedir ajuda. Como besouros batendo contra as vidraças guardam suas angustias, não abrem suas preocupações, não sabem pedir ajuda.

Ao ficarem embutidas dentro de si mesmas como conchas fechadas, como ostras socadas nas rochas, são como pedras que rolam.

A pele engrossa, os calos enrijecem e mais fechadas ainda ficam, até o dia em que a ruptura é final e fatal. Implodem emocional e espiritualmente. Antes disso se aniquilam materialmente, cultivam doenças e promovem a dor por onde passam. A dor surda do silèncio. O grito calado escondido atrás da porta.

Porta da própria vida.

Ninguém supera nada sozinho. Ninguém progride sozinho. Ninguém resolve nenhum problema só. Precisamos de ajuda.

Saber pedir ajuda é nobre, digno e demonstrativo do abandono dos falsos orgulhos, das superfícies frágeis do ego que tanto lutamos para manter belo na aparência.

Saiba pedir ajuda, mas aprenda a não viver só de ajuda!

José Luiz Tejon

Quem não sabe pedir ajuda, dança. Quem só vive de ajuda, cansa!

Avalie-se com realísmo

Há uma parábola que conta de um grupo de animais que decidiu fazer algo significante para resolver os problemas do mundo novo. Para isso, organizaram uma escola.

Eles adotaram um currículo de atividades que incluía corrida, escalada, natação e vôo. Para ficar ainda mais fácil de administrar o currículo, todos os animais se matricularam em todas as matérias.

O pato era excelente em natação; de fato, melhor do que o seu instrutor. Mas conseguia apenas níveis suficientes no vôo, e era muito ruim em corrida. Por ser lento na corrida, ele tinha que diminuir o horário da natação e ficar depois da aula para praticar. Isso causou sérios danos às membranas natatórias de seus pés e assim ele se tornou apenas médio em natação. Mas o médio era bastante aceitável e assim ninguém se preocupou com isso – exceto o pato.

O coelho começou como o primeiro em sua turma de corrida, mas desenvolveu uma contração nervosa nos músculos da perna por causa do enorme esforço na natação.

O esquilo era excelente em escalada, mas encontrou constantes frustrações na classe de vôo porque seu professor o fez começar os treinos a partir do chão, ao invés dos topos das arvores. Ele desenvolveu alguns problemas musculares por causa do esforço excessivo e assim ficou só com nota “C” em escalda, e “D” em corrida.

A águia era aluna-problema e foi severamente disciplinada para ser não conformista. Nas aulas de escalada ela batia a todos chegando primeiro no topo das árvores, mas insistia em usar seus próprios métodos para chegar até lá...

Conclusão: Cada criatura tem seu próprio conjunto de capacidades, nas quais são excelentes por natureza, ao menos que sejam forçadas a preencherem um molde no qual não se encaixam.

Quando isso acontece, frustração, desânimo e até mesmo culpa trazem mediocridade geral ou completa derrota. Um pato é um pato – e somente um pato. Ele é feito para nadar, não para correr ou voar, e certamente não para escalar. Um esquilo é um esquilo – só isso. Retirá-lo do seu forte - a escalada -, e esperar que nade ou voe, o deixará louco. Águias são belas criaturas no ar, mas não em corrida a pé.

O que é verdade para as criaturas da floresta é verdade também para os humanos. (...) Se Deus fez de você um pato – então é um pato, amigo. Nade como um louco, mas não tente modificar sua forma só porque corre cambaleando ou agita suas asas sem conseguir voar muito bem. Além disso, se você é uma águia, pare de criar expectativas quanto aos esquilos voarem, ou quanto aos coelhos construírem os mesmos tipos de ninho que você.

A melhor autoconfiança é baseada em uma avaliação realista de todas as nossas habilidades. Só essa avaliação será capaz de iluminar os caminhos para a realização pessoal.

Portanto, relaxe. Aproveite sua espécie. Cultive suas próprias capacidades, seu próprio estilo.

Pare de comparar. Seja feliz sendo você mesmo! Existe bastante espaço na floresta para todos.

Texto adaptado do livro Fênix. De Daniel Carvalho Luz.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Estar só pode ser um jeito de amar

Costumamos pensar que só ama, de fato e de direito, quem está com alguém, namorando, casado ou encaixado dentro de qualquer outra relação que inclua o outro, necessariamente. No entanto, estar só também pode ser um jeito de amar, de relacionar-se, mesmo que temporariamente.

Todos nós, em algum momento da vida, já nos encontramos indisponíveis, mesmo que não comprometidos. Seria como dizer que estamos em posição de espera; e a espera pode ser um exercício divino, que inclui paciência, consciência e, fundamentalmente, presença de si mesmo!

Então, ama-se só a si mesmo, enquanto se espera para estar pronto. Ama-se só para um período de revisão, de recauchutagem, de reforma interior. Ama-se só para resgatar em si valores perdidos, defasados, esquecidos, para voltar a acreditar em algo que se esvaiu numa decepção, para reformular a alegria, a vontade de viver, o desejo de compartilhar.

Porque engatar uma relação na outra para fugir deste amor só, de si consigo mesmo, é o que muitas pessoas fazem... é o que todos nós, provavelmente, já fizemos alguma vez. Entretanto, se em algum momento decidirmos nos olhar com acolhimento e respeito, certamente perceberemos que ninguém pode curar uma ferida que é nossa. E até para que alguém nos ajude nesta difícil recuperação, precisamos estar prontos, conectados com o que há de mais íntimo em nossas almas. Isto é, amar-se só.

Por outro lado, também existe quem fica continuadamente sozinho, enclausurado em seu próprio medo a fim de evitar a reincidência da dor, para descartar a possibilidade de "perder" novamente. E esta escolha, da mesma forma, também não nos remete à evolução, não nos possibilita uma atualização preciosa para que o amor compartilhado aconteça.

Neste sentido, estar só pode deixar de ser incapacidade ou incompetência para se transformar em ‘expertise’; você pode não se comprometer com o outro - seja por decisão pessoal ou circunstancial - para estar melhor, mais inteiro, mais atraente e consciente do amor que quer compartilhar, para que quando o outro chegue, você possa recepcioná-lo à altura do que tem para oferecer.

Creio que esteja mais do que na hora de pararmos de impor uma relação direta entre "estar junto e feliz" e "estar só e abandonado". Ou seja, estar junto nem sempre significa estar feliz, assim como estar só pode não ser sinônimo de abandono. A referência é interna e pessoal. O centro é o coração de cada um e, por isso mesmo, a decisão de ficar ou de ir, de fechar-se ou de se abrir deve estar baseada na percepção que você tem de si mesmo, no amor que sabe de si, que reconhece seu momento, e que escolhe, a despeito das pressões sociais, se compartilha amor ou se o singulariza temporariamente.

Vale esclarecer que não estou defendendo o não-amor, até porque vocês sabem - não acredito nisso. Pessoas que insistem em justificar sua "solidão" em nome da não necessidade do outro estão, a meu ver, tentando encobrir uma carência inconsciente, latente, gritante e muito mais visível do que imaginam. Todos nós precisamos do outro, não porque sejamos insuficientes a nós mesmos, mas porque é no ato de compartilhar vidas que nos tornamos mais inteiros, mais felizes, mais humanos.

Quando defendo o amor só - veja! - não deixei de falar de amor. Falo do amor primeiro, do essencial, do amor por si. E, sobretudo, falo de um período e não de uma decisão irrefutável, como crenças limitantes que não nos levam a nenhum ganho. De qualquer maneira, continuo, então, defendendo o amor compartilhado, com o outro, mesmo que seja somente depois de um tempo de amor singular!

Texto do Livro AMOR - Sem regras para viver. De Rosana Braga

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Contrato nos relacionamentos

Você já reparou que muitos colaboradores nas empresas sofrem um bocado por problemas de comunicação?

Já reparou que o mesmo acontece em casa com seus filhos e cônjuge?

O problema é que muitos de nós, ao fazermos algum acordo com alguém, seja na empresa ou dentro de casa, criamos expectativas que muitas vezes são frustradas por falta de um contrato.

Quantas vezes você achou que um colega de trabalho deveria ter te ajudado, pois afinal de contas você sempre o ajudou?

Quantas vezes você achou que sua namorada ou esposa deveria ter telefonado para dizer onde estava ou o que estava fazendo, pois você sempre ligou para dar uma satisfação?

Cada vez mais eu percebo que ao fazermos acordos, nós criamos expectativas do tipo:

Se eu ajudo sempre, então ele vai me ajudar.
Se eu telefono, então ela vai me telefonar.
Se eu faço, ele também vai fazer.

O fato é que a outra parte não é obrigada a saber sua expectativa se não for colocada as claras e em pratos limpos!

A dica é:
Quando fizer um acordo não tenha medo de perguntar:
- Quem é o responsável por tal tarefa?
- Como será feita?
- Qual é o prazo?
- Quando estará concluída?

Nossos relacionamentos são feitos de pequenos contratos.

Muitas vezes, pelo medo do conflito ou do que a outra pessoa vai pensar, acabamos por pressupor uma determinada ação por parte da outra pessoa que muitas vezes não acontece.

É melhor um pequeno conflito na hora de uma acordo transparente, do que um grande conflito, posteriormente, com expectativas frustradas pelas partes envolvidas.

Enfim, a próxima vez que combinar algo com alguém, não tenha medo do contratinho verbal: como, quando, com quem e onde?

Um forte abraço.

Texto de Rodrigo Cardoso. ATITUDE & COMPORTAMENTO.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A derrota não é amarga

Para ter sucesso — para nos tornarmos vitoriosos — devemos correr o risco do fracasso. Mas a lição importante é esta: o fracasso não é derrota, a não ser que você o permita.

No processo de invenção da lâmpada elétrica, Thomas Edison tentou e falhou muitas vezes! Conta-se que alguém perguntou a Edison se ele, desanimado por todos os seus fracassos, não pensou em desistir. E ele respondeu: “Aqueles foram passos do caminho. Em cada tentativa, eu encontrava um modo de não criar a lâmpada elétrica. Eu estava sempre disposto a aprender, mesmo através dos meus erros”.

Em outras palavras, apesar de Edison nem sempre ter sido bem sucedido, ele nunca engoliu a derrota. Edison provou o fracasso muitas vezes, mas não o engoliu.

Engolir um fracasso é acreditar que, por ter fracassado, você é um fracasso. Há uma diferença crucial entre dizer “fracassei” e “sou um fracasso”. Quando um projeto não sai conforme o esperado, podemos dizer “falhei na minha tentativa”. Se engolir a derrota, a partir daquele momento, a habilidade para funcionar efetivamente fica comprometida.

Todos os grandes líderes, todos os grandes atletas, todos os grandes exploradores, pensadores, inventores, empresários, cometeram erros, experimentaram fracassos. Entretanto, eles se tornaram grandes porque não se culparam pelas suas falhas, ao contrário, usaram os seus erros como lições para melhorar o seu desempenho.

Aonde quer que você esteja hoje, escute: ficar sentado aí, lambendo suas feridas, somente deixará um gosto amargo em sua boca. Suspiros, lágrimas e pensamentos de desistência são compreensíveis para o momento, mas indesculpáveis para o futuro. Levante-se e siga adiante!

E se você estiver procurando uma garantia absoluta contra fracassos, eu lamento, não vai encontrá-la.

Texto do livro Fênix. De Daniel Carvalho Luz.

“Alvo pequeno, e não o fracasso, é um crime.” (Percival Lowell - matemático americano).

A escolha é sempre sua. Não fique se lamentando por ter sido alvo ou resultado de escolhas ou ações de outros no passado. Hoje você é a sua melhor escolha, o seu melhor motivo.

Fracassar é a melhor chance que temos de reconhecer nossos erros. Reconhecer nossos erros é a melhor chance que temos de não cometermos mais os mesmos.

Derrotado é aquele que se sente assim. Vc se sente assim? Sim? Então é uma pena, pois você tem o privilégio de não se sentir.

Angelo Novaes

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Cientísta e o Poeta

Os jornais da semana passada trouxeram a grave descoberta: o ouvido direito escuta melhor que o ouvido esquerdo.

Pesquisadores italianos afirmam que pedidos feitos às pessoas no ouvido direito são mais atendidos porque, assim, as pessoas processam as informações melhor do que quando usam o lado esquerdo. Segundo a pesquisa, publicada na revista científica "Naturwissenschaften", - me lembrem de usar este nome quando fundar um jornal -, isso acontece porque as informações que chegam ao ouvido direito são levadas ao lado esquerdo do cérebro, que é reconhecidamente mais eficiente.

Sei não. Acho que minha avó tinha dois ouvidos esquerdos.

Eu mesmo estou estupefato. Milhões de vezes ouvi minha mãe me chamar pra tomar lanche, Sergio Alcides, era assim que ela me chamava, vem tomar seu leite. Outras milhares de vezes ouvi a professor me explicar a lição, a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. E outras tantas ouvi um segredo, uma deprecação, uma confissão de amor. No entanto, nunca me dei conta de que, se tivesse ouvido com o melhor ouvido, tudo teria sido diferente.

Pode ser que a ciência se desdiga, mais tarde. Não seria a primeira vez.

A ciência é assim. De repente, pronto. Muda tudo. Ainda outro dia um tal de Galileu Galilei resolveu afrontar a Igreja e declarar que a Terra, imaginem, não era o centro do Universo e se movia ao redor do sol. Teve que se desdizer, é verdade. Mas, nem bem acostumou a humanidade com o desmentido, a Terra é o centro do Universo, vem o Papa e diz que Galileu estava certo, a Terra não é o centro do Universo. E pur si muove.

Inda agorinha leite com manga fazia mal. Fazia. E o colesterol? Tem o bom e o ruim, igual nos filmes policiais tem o tira mau e o tira bom, o que bate e o que assopra.

O pobre Plutão a vida inteira foi planeta. Não é mais. O sujeito passa toda a vida tomando três litros de água por dia por prescrição médica e, pronto, vem outro médico e declara que água demais faz mal. Acordar sonâmbulo, é outro exemplo. Era lei científica que, se acordasse um, o coitado caia morto, durinho. Com isso, meu amigo Leonel, sonâmbulo de carteirinha, cansou de fazer xixi na gaveta de meias do seu pai que, coitado, assistia passiva e resignadamente a cena das madrugadas.

Alguém pode fazer o favor de me explicar bem explicadinho, como num manual de aparelho eletro-doméstico, o que é que pode e o que é que não pode, como funciona, como se usa e como fazer com este nosso pobre corpinho que a terra há de comer?

Não paro por aí. Quando estava me acostumando com a informação - o ouvido direito ouve melhor do que o ouvido esquerdo -, quando eu estava me preparando para falar aquilo, é isso mesmo, falar aquilo apenas no ouvido direito da mulher amada, eis que a internet me aparece com outra bomba. Cientista ingleses acabam de criar espermatozóide artificial.

Se não aparecer um desmentido, sei não, qualquer dia desses vou ler na internet que a ciência acaba de declarar que o amor, é, isso mesmo, o amor, o amor é mera invenção dos poetas.

Sérgio Antunes

Seria trágico se não fosse cômico.

Bela Crônica. Aliás, esse cidadão só escreve coisa boa.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Preconceitos

O preconceito está em toda parte. Não existe uma forma de acabar com todos os preconceitos e evitar programação psicológica. (...) Mas algo em nós quer combater o preconceito, a programação, a lavagem cerebral. Detestamos os cordões umbilicais que nos amarram ao passado, destruindo nossa liberdade de escolha.

Dr. Martin Luther King Jr., o corajoso líder dos direitos civis da década de 1960, organizou marchas não violentas que abriram caminho para as manifestações em defesa da igualdade de direitos e da justiça. “Aprendemos a nadar no mar como os peixes e a voar nos céus como os pássaros”, escreveu ele certa ocasião, “mas não aprendemos, ainda, a arte de viver juntos como irmãos”.

É possível que cada um de nós esteja apegado a um preconceito: pode ser de raça, cor, sexo, preferência sexual, nacionalidade... Pode envolver crianças, animais, advogados, bispos, colegas de trabalho... Pense bem no que poderia acontecer se examinássemos nossos preconceitos e mudássemos de mentalidade. Você já notou, por exemplo, que quando alguém não muda de idéia, é teimoso. Mas, quando você não muda de idéia, é firme e decidido?

Quando seu vizinho não gosta de um amigo seu, ele é preconceituoso.

Mas, quando você não gosta do amigo dele, sabe julgar a natureza humana.

Quando ele tenta tratar alguém de um modo especial, está bajulando essa pessoa. Mas, quando você age do mesmo modo, está sendo atencioso.

Quando ele demora para fazer alguma coisa, é preguiçoso. Mas, quando você age do mesmo modo, é meticuloso.

Quando ele gasta muito dinheiro, é esbanjador. Mas, quando você exagera nos gastos, é generoso.

Quando ele encontra defeitos em alguma coisa, é crítico. Mas, quando você age do mesmo modo, é perspectivo.

Quando ele demonstra indulgência, você o chama de fraco. Mas, quando você age do mesmo modo, é gracioso.

Quando ele se veste bem, é extravagante. Mas, quando você usa boas roupas, tem bom gosto.

Quando ele diz o que pensa, é malvado. Mas, quando você age da mesma forma, está sendo honesto.

Quando ele assume grandes riscos, é imprudente. Mas, quando você age da mesma forma, é corajoso.

Não podemos deixar o preconceito tomar nossas decisões, influenciar nossos julgamentos e minar nossas amizades.

Pense nisso!

Texto do livrto Insight II. De Daniel Carvalho Luz.

"Preconceito é uma opinião caprichosa sem meios visíveis de confirmação."
Ambrose Gwinett Bierce - Escritor e jornalista americano)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Deficientes Cívicos

Os analfabetos políticos continuam por aí. São filhos da ignorância patrocinada e amplificada por governos descompromissados, empresários de mente curta e por uma sociedade formada por castas que cada vez se fecham mais em torno de seus próprios umbigos. Pois estes também têm nome: são os deficientes cívicos. Gente que rejeita, de saída, qualquer responsabilidade pelo enorme fosso social que se criou no país, e que só faz crescer.

A culpa para os males da nação, segundo eles, está em governantes corruptos. E o principal obstáculo para tornar o país moderno e civilizado está na ignorância do cidadão brasileiro, que conforma a grande massa de pobres que elege aqueles que dirigem os destinos do país. Fecha-se um impertinente círculo vicioso: se povo ruim elege governos ruins, o que se pode fazer?

Os deficientes cívicos não respondem, preferem o estilingue à colaboração. Imaginam que bastam lamúrias para derrubar a podridão e estabelecer a redenção. Ledo engano. A deficiência cívica está justamente em não perceber que todos, em maior ou menor escala, têm participação nos péssimos resultados que o Brasil vem apresentando em indicadores essenciais como educação, saúde, saneamento básico. Números que identificam não apenas a péssima qualidade de vida de um povo, como seu grau de consciência e cidadania.

Os deficientes cívicos são egoístas antes por auto-defesa do que por princípio. Temem pelos privilégios alcançados, pelas fortunas amealhadas, pelos direitos adquiridos. Tratam a ética com uma elasticidade que serve unicamente a seus interesses. Jogam o lixo nas ruas e produzem discursos preservacionistas. Criticam os altos impostos, mas se enriquecem burlando o fisco. Reclamam somente quando a tragédia bate à sua porta ou incomoda seu bolso.

O analfabetismo político produz o político vigarista. O deficiente cívico produz o cidadão sem caráter. Um é resultado das circunstâncias, o outro é malandro por opção.

Alexandre Pelegi

Salvo a ditadura, ou seja, quando uma nação tem o poder de escolher seus governantes por livre decisão, esse povo tem sempre o governante que merece. Não adianta muito só reclamar. Você lembra em quem votou? Pois é. É esse goveranante que você merece.

Comece a pensar nisso a partir de agora. Quem sabe nas próximas eleições você faça uma escolha melhor.

Angelo Novaes

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

As contradições do Amor

Eu estava quieta, só ouvindo. Éramos eu e mais duas amigas numa mesa de restaurante e uma delas se queixando, pela trigésima vez, do seu namoro caótico, dizendo que não sabia por que ainda estava com aquele sequelado, et cetera, et cetera. Estava planejando terminar com o cara de novo, e a gente sabia o quanto essa mulher sofria longe dele. Eu estava me divertindo diante desse relato mil vezes já escutado: adoro histórias de amor meio dramáticas. Foi então que a terceira componente da mesa, que é psicanalista, disse a frase definitiva: Eu, se fosse você, não terminava. Às vezes ficamos mais presas a um amor quando ele termina do que quando nos mantemos na relação.

Tacada de mestre.

A partir daí, começamos a debater essa inquestionável verdade: em determinadas relações, ficamos muito mais sufocadas pela ausência do homem que amamos do que pela presença dele. Creio que vale para ambos os sexos, aliás. Um namoro ou casamento pode ser questionado dia e noite: será que tem futuro? Será que vou segurar a barra de conviver com alguém tão diferente de mim? Será que passaremos a vida assim, às turras? Óbvio que não há respostas para essas perguntas, elas são feitas pelo simples hábito de querer adivinhar o dia de amanhã, mas a verdade é que mesmo sem certificado de garantia, a relação prossegue, pois, além de dúvidas, existe amor e desejo. E isso ameniza tudo. Os dois estão unidos nesse céu e inferno. Até que um dia, durante uma discussão, um dos dois se altera e termina tudo. Alforria? Nem sempre. Aí é que pode começar a escravidão.

Nossa amiga queixosa, a da relação iô-iô, perdia o rumo cada vez que terminava com o namorado. Aí mesmo é que não pensava em outra coisa. Só nele. Não conseguia se desvencilhar, mesmo quando tentava. Todas as suas atitudes ficavam atreladas a esse homem: queria vingar-se dele, ou fugir dele, ou atazaná-lo – cada dia uma decisão, mas todas relacionadas a ele. Só quando reatavam (e sempre reatavam) é que ela descansava um pouco desse stress emocional e se reconciliava com ela mesma.

Eu nunca havia analisado o assunto por esse ângulo. Sempre achei que a sensação de asfixia era derivada de uma união claustrofóbica e a sensação de liberdade só era conquistada com o retorno à solteirice. Mas o amor, de fato, possui artimanhas complexas.

Minha amiga finalmente terminou sua relação tumultuada e hoje está vivendo um casamento mais maduro e sereno. Aquele nosso papo foi há alguns anos, mas nunca mais esqueci dessa inversão de sentimentos que explica tanta angústia e tanta neura. Por que temos urgência de abandonar um amor pelo fato de ele não ser fácil? Quem garante que sem esse amor a vida não será infinitamente mais difícil? Às vezes é melhor uma rendição do que fugir de um amor que não foi vivido até o fim. Foi isso que nossa amiga psicanalista quis dizer durante o jantar: não antecipe o término do que ainda não acabou, espere a relação chegar até a rapa, e aí sim.

Texto de Martha Medeiros, publicado em 18/janeiro/2009 no jornal Zero Hora/RS.

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