Fui palestrar num evento na FIESP, onde Viviane Senna apresentou o trabalho do Instituto Ayrton Senna na educação. Mostrou uma visão empresarial magnífica e afirmou que o Brasil consegue dar excelente educação para poucos e péssima educação para muitos.
O governo não consegue multiplicar a qualidade pelos milhões de crianças. A coisa perde o controle e temos o que temos: um dos piores indicadores do mundo. Viviane provou que é possível combinar quantidade com qualidade quando temos gente inteligente, paixão e controles.
Com uma equipe enxuta de 65 colaboradores o Instituto Ayrton Senna atendeu mais de oito milhões de crianças e jovens; 11.000 escolas e ONGs; quase 1500 municípios em 25 estados e investiu perto de R$ 200 milhões em educação. O Instituto sobrevive de da renda dos produtos vendidos com a imagem de Senna e da contribuição de empresas parceiras. A receita gira em torno de 16 milhões de reais por ano.
Pouco depois li uma entrevista com Margareth Goldemberg, diretora-executiva do Instituto Ayrton Senna. Perguntada sobre quanto cada aluno custava para o Instituto, Margareth respondeu: “100 reais por ano”. E então o ministro da educação Fernando Haddad revela numa entrevista quanto custa um aluno do ensino infantil, fundamental e médio para os cofres públicos: em torno de 2.000 reais por ano.
O Instituto Ayrton Senna educa muito bem investindo 100 reais. E o governo educa – e mal – gastando mais de 2 mil reais. Onde estará a diferença?
Texto de LUCIANO PIRES - Coluna Café Brasil
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