Handel era um prodígio musical. Aos 17 anos assumiu o posto de organista da catedral de Halie, sua cidade natal. Um ano depois, tornou-se violinista e cravista da ópera real em Hamburgo. Aos 21 anos era um virtuose do teclado. Quando começou a compor ganhou fama imediata e logo foi apontado como mestre-capela. Quando se mudou para a Inglaterra, sua fama cresceu. Com cerca de 40 anos, tornou-se mundialmente famoso.
Apesar do grande talento e da fama de Handel, ele enfrentou enormes dificuldades. A competição com os compositores rivais ingleses era ferrenha, o público era inconstante e nem sempre ia assistir às suas apresentações. (...) Viu-se várias vezes sem um tostão no bolso, à beira da bancarrota. A dor da rejeição e do fracasso era difícil de suportar, especificamente depois de seu sucesso inicial.
Para piorar as coisas, sua saúde não era das melhores. Ele sofreu um tipo de derrame que fez com que seu braço direito perdesse alguns movimentos. Quatro dedos dessa mão ficaram totalmente paralisados. Mesmo após sua recuperação, continuou desanimado. Em 1741 Handel decidiu que era tempo de se aposentar, embora tivesse apenas 56 anos. Estava desmotivado, não tinha posses e fora consumido pelas dívidas. Tinha certeza de que ia parar na prisão. Em 8 de abril, Handel deu o que chamou de seu concerto de despedida. Desapontado, ele desistiu.
Mas, em agosto daquele ano, algo impressionante aconteceu. Um amigo rico chamado Charles Jennins visitou Handel e deu-lhe um libretto baseado na vida de Cristo. A obra deixou-o curioso, desafiado, o que foi o bastante para fazer Handel se mexer. Ele começou a escrever, escrever, e imediatamente, os portões da inspiração se abriram para ele. Seu ciclo de inatividade fora quebrado. Handel escreveu por 21 dias, quase sem parar. Então passou mais dois dias escrevendo as orquestrações. Em 24 dias havia completado uma obra de 260 páginas manuscritas. Chamou a peça de Messias.
Hoje, Messias, de Handel, é considerada uma obra-prima e o cume da carreira do compositor.
Quando a questão é recuperar-se das feridas emocionais provocadas pelo fracasso, realmente não importa quão boa ou ruim seja sua história pessoal. A única coisa que importa é que você encare seu medo e prossiga. Recuse-se a se concentrar apenas na situação presente.
O que acontece quando você fica preso ao sofrimento presente? De duas uma, ou você culpa alguém (o que pode facilmente torna-lo amargo), ou você se afunda na auto-piedade (o que o paralisa). Jamais será possível prosseguir na vida enquanto concentrar toda sua atenção na dor presente.
Vamos...mova-se, aja, prossiga!
Texto adaptado do livro Insight II, de Daniel C. Luz.
"Não acredito na fatalidade que cai sobre o homem, indepentendemente do que ele faça. Mas eu realmente acredito num destino que caia sobre ele caso ele não aja”. (Gilbert Keith Chesterton)
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