"A vida só ensina a quem quer e admite que precisa aprender. O conhecimento não está no ar, é preciso buscá-lo."

"É melhor ter coragem de fazer a diferença. Se quiser, é claro. Se não quiser, tudo bem. O futuro espera pelo seu lamento."

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domingo, 31 de janeiro de 2010

A Normose

Todo mundo quer se encaixar num padrão. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido e está de bem com a vida. Quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões e outras manifestações de não enquadramento. Mas nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer ser o que não se precisa ser.

Então, como aliviar os sintomas desta doença? Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu padrão "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada.

Por isso divulgue o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Luciano Pires

sábado, 30 de janeiro de 2010

Viver é como o mar

Você já viu as pedras, as rochas no mar. Como as ondas batem nas rochas, explodem, viram espumas, e um barulho pouco profundo... quando o mar quebra nas rochas das encostas parece soltar um urro uterino. A força da água varre tudo o que estiver em cima dela.

Somente ostras sobrevivem nas pedras... e a vida é como o mar. O mar muda, tem dias calmos, mar de almirante... plácido, liso. Tem dia de mar agitado, correntezas. E tem hora de ressaca, ondas enormes, ventos e até tsunamis. Assim é a vida.

Viver é como estarmos momentos com os pés firmes numa rocha, em dia de mar manso. E viver é saber lançar-se ao mar antes que as ondas estourem, em cima da sua pedra e o arrebate daquela segurança...

Cair na real é perder o medo de mergulhar no mar da vida, no momento anterior ao estouro da onda... Se você acha que pode ficar para sempre numa pedra, sentindo a rocha firme sob seus pés, está iludido ... viver é mergulhar e nadar na vida ... viver é brincar com o incerto, com o inseguro, com a certeza da mudança ... o tempo todo... é rocha com mar na pedra firme, só as ostras sobrevivem.

José Luis Tejon

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Você tem valor

Quando Deus nos criou, viu que isso era “muito bom”. Você é a coisa mais interessante que Deus já criou. Você tem mais potencial do que qualquer outra criatura que Deus tenha feito. Para alguns, você é um cliente, um freguês, um pagador de impostos, um estudante, um pai ou uma criança. Para Deus, você é um exemplo magnífico de sua melhor criação.

No jargão industrial, você pode ser definido “em estágio de desenvolvimento”. Você pode não ter atingido o seu potencial ou realizado as suas possibilidades, mas isso não diminui o seu valor. Durante toda sua vida, você terá um valor inerente como pessoa.

Na vida fazemos muitos julgamentos. Fazemos julgamentos sobre o que vestir, o que comer, aonde ir, que carreiras seguir e quem escolher para amigos, mas nenhum julgamento é tão importante como o que fazemos sobre nós mesmos.

Este único julgamento influencia tudo o que fazemos, afetando as nossas atitudes quanto à vida. Este julgamento se torna o catalisador que inicia e enriquece nossos relacionamentos. O relacionamento que temos com nós mesmos é o mais importante que teremos. Dale Carnegie resumiu tudo dizendo que as melhores coisas da vida vêm para aqueles que apreciam a si mesmos.

Algumas pessoas têm dificuldade em acreditar que sucesso, ou grandeza ou valor, podem acontecer nas suas vidas, ou nas vidas daquelas ao seu redor.

Isso acontece com os outros, em lugares distantes. Conta-se uma história sobre Santos Dumont, que em 1897, realizou a sua primeira ascensão num balão, em Paris. Quando a sua cidade natal, Palmira, em Minas Gerais, ficou sabendo do acontecido, o editor do jornal local não conseguia acreditar na façanha do ilustre conterrâneo. Ele disse que se alguém, um dia, conseguisse voar, não seria ninguém de Palmira.

Grandeza e sucesso emergem de pessoas que começam a aceitar a si mesmas e as habilidades que lhes foram dadas por Deus. Você não pode fazer tudo, mas Edward Everett Hale lembra que você pode fazer algo:

“Eu sou apenas um.
Mas ainda sou um. Não posso fazer tudo.
Mas ainda posso fazer algo;
E porque não posso fazer tudo.
Não recusarei fazer algo,
que posso fazer”.

Você é alguém especial. Aceite isso. Celebre isso. Esse é o início de uma vida de sucesso.

Texto extraído do livro Insight II, de Daniel C. Luz.

“Você veio a este mundo repleto de valor.” (Robert Spain - Bispo da igreja metodista em Kentucky – EUA)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O custo da Educação

Fui palestrar num evento na FIESP, onde Viviane Senna apresentou o trabalho do Instituto Ayrton Senna na educação. Mostrou uma visão empresarial magnífica e afirmou que o Brasil consegue dar excelente educação para poucos e péssima educação para muitos.

O governo não consegue multiplicar a qualidade pelos milhões de crianças. A coisa perde o controle e temos o que temos: um dos piores indicadores do mundo. Viviane provou que é possível combinar quantidade com qualidade quando temos gente inteligente, paixão e controles.

Com uma equipe enxuta de 65 colaboradores o Instituto Ayrton Senna atendeu mais de oito milhões de crianças e jovens; 11.000 escolas e ONGs; quase 1500 municípios em 25 estados e investiu perto de R$ 200 milhões em educação. O Instituto sobrevive de da renda dos produtos vendidos com a imagem de Senna e da contribuição de empresas parceiras. A receita gira em torno de 16 milhões de reais por ano.

Pouco depois li uma entrevista com Margareth Goldemberg, diretora-executiva do Instituto Ayrton Senna. Perguntada sobre quanto cada aluno custava para o Instituto, Margareth respondeu: “100 reais por ano”. E então o ministro da educação Fernando Haddad revela numa entrevista quanto custa um aluno do ensino infantil, fundamental e médio para os cofres públicos: em torno de 2.000 reais por ano.

O Instituto Ayrton Senna educa muito bem investindo 100 reais. E o governo educa – e mal – gastando mais de 2 mil reais. Onde estará a diferença?

Texto de LUCIANO PIRES - Coluna Café Brasil

domingo, 24 de janeiro de 2010

Mova-se, Aja, Prossiga!!!‏

Handel era um prodígio musical. Aos 17 anos assumiu o posto de organista da catedral de Halie, sua cidade natal. Um ano depois, tornou-se violinista e cravista da ópera real em Hamburgo. Aos 21 anos era um virtuose do teclado. Quando começou a compor ganhou fama imediata e logo foi apontado como mestre-capela. Quando se mudou para a Inglaterra, sua fama cresceu. Com cerca de 40 anos, tornou-se mundialmente famoso.

Apesar do grande talento e da fama de Handel, ele enfrentou enormes dificuldades. A competição com os compositores rivais ingleses era ferrenha, o público era inconstante e nem sempre ia assistir às suas apresentações. (...) Viu-se várias vezes sem um tostão no bolso, à beira da bancarrota. A dor da rejeição e do fracasso era difícil de suportar, especificamente depois de seu sucesso inicial.

Para piorar as coisas, sua saúde não era das melhores. Ele sofreu um tipo de derrame que fez com que seu braço direito perdesse alguns movimentos. Quatro dedos dessa mão ficaram totalmente paralisados. Mesmo após sua recuperação, continuou desanimado. Em 1741 Handel decidiu que era tempo de se aposentar, embora tivesse apenas 56 anos. Estava desmotivado, não tinha posses e fora consumido pelas dívidas. Tinha certeza de que ia parar na prisão. Em 8 de abril, Handel deu o que chamou de seu concerto de despedida. Desapontado, ele desistiu.

Mas, em agosto daquele ano, algo impressionante aconteceu. Um amigo rico chamado Charles Jennins visitou Handel e deu-lhe um libretto baseado na vida de Cristo. A obra deixou-o curioso, desafiado, o que foi o bastante para fazer Handel se mexer. Ele começou a escrever, escrever, e imediatamente, os portões da inspiração se abriram para ele. Seu ciclo de inatividade fora quebrado. Handel escreveu por 21 dias, quase sem parar. Então passou mais dois dias escrevendo as orquestrações. Em 24 dias havia completado uma obra de 260 páginas manuscritas. Chamou a peça de Messias.

Hoje, Messias, de Handel, é considerada uma obra-prima e o cume da carreira do compositor.

Quando a questão é recuperar-se das feridas emocionais provocadas pelo fracasso, realmente não importa quão boa ou ruim seja sua história pessoal. A única coisa que importa é que você encare seu medo e prossiga. Recuse-se a se concentrar apenas na situação presente.

O que acontece quando você fica preso ao sofrimento presente? De duas uma, ou você culpa alguém (o que pode facilmente torna-lo amargo), ou você se afunda na auto-piedade (o que o paralisa). Jamais será possível prosseguir na vida enquanto concentrar toda sua atenção na dor presente.

Vamos...mova-se, aja, prossiga!

Texto adaptado do livro Insight II, de Daniel C. Luz.

"Não acredito na fatalidade que cai sobre o homem, indepentendemente do que ele faça. Mas eu realmente acredito num destino que caia sobre ele caso ele não aja”. (Gilbert Keith Chesterton)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Mulheres

Simone de Beauvoir disse que uma mulher não nasce mulher, torna-se mulher, e imagino que pra efetuar essa transformação ela precise, entre outras coisas, confirmar seu sexo através de hábitos e manias comuns à espécie. É aí que me pergunto: que tipo de mulher eu me tornei, santo Cristo?

Não gosto de falar ao telefone, por exemplo. Uso o aparelho para o que me foi ensinado: dar recados, combinar encontros, cumprimentar por uma data, agradecer uma gentileza, convidar para um jantar, resolver um pepino, marcar uma consulta, fazer um pedido. Nada que leve mais de dois ou três minutos. Bater papo, só em ocasiões muito especiais, como matar a saudade de uma amiga que mora longe ou de um namorado que esteja viajando. De resto, e-mails. Se jogar conversa fora ao telefone for um inquestionável atributo feminino, então ainda não me tornei uma mulher comme il faut.

Tampouco me identifico com os Delírios de Consumo de Becky Bloom: acho uma chatice comprar roupa. Geralmente escolho duas ou três lojas da cidade, sempre as mesmas, e lá me resolvo a cada início de estação. Bater perna para olhar vitrine? Só em viagem, com todo tempo do mundo, e sem ceder ao impulso de ter que entrar em cada lugar e comprar uma coisinha. Se vale para bolsas e sapatos? Vale, madames. Eu simplesmente não compreendo quem tem mais de, vá lá, 20 pares – e estou exagerando na conta porque estou incluindo tudo: tênis, sandálias de festa, escarpins, rasteirinhas, botas, chinelos de dedo e pantufas.

Pra completar meu desajuste, não sou de dar corda pra fofoca. Não gosto de falar de filhos, empregadas e liquidações. Não levo fotos em carteira. Não comemoro convites para chá-de-fralda e chá-de-panela. Acho peito de silicone vulgar. Nunca entrei no cheque especial. Viajo com uma única mala. Repito vestidos que tenho há 10 anos. Não possuo uma única peça cor-de-rosa. Não sei fritar um ovo. Às vezes até custo a acreditar que não seja sapatona.

Pensei em pesquisar de onde saiu esse termo agressivo, sapatona, para designar mulheres homossexuais. Mas nem me dei ao trabalho, só pode ser por associação a um pé grande, como se fosse prerrogativa dos rapazes calçarem mais de 39. Já deram uma olhada nos pezinhos das garotas de hoje? São todas ninfas diáfanas que, caso deixassem pegadas na neve, seriam confundidas com o Godzilla.

Me tornei mulher porque me tornei independente, antes de tudo. Não sou de frescura e muito menos de compulsões consumistas. Mas ainda tenho um lado mulherzinha: choro à beça, sou louca por flores, não vivo sem meus hidratantes, aprecio o cavalheirismo, gosto de ficar de mãos dadas no cinema, devoro revistas de moda, me interesso por decoração e fico chocada quando escuto expressões grosseiras.

Ah, e calço 36.

Texto de Martha Medeiros, publicado no Jornal Zero Hora/RS em 26 de abril de 2009

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Bom Senso

Quase não ouvimos falar em bom senso hoje em dia. Isso é péssimo, entretanto hoje é do que mais precisamos. Fui educado de modo que tivesse bom senso (às vezes meu pai chamava de “Juízo”) e também desassombro, ou audácia, e até hoje ainda uso essas palavras... – diz Daniel Luz. No livro de Robert Persig - “Zen e a Arte da Manutenção de Motos”, o autor faz apologia a tudo quanto o bom senso desassombrado representa. Assim ele escreve:

“Gosto da expressão ‘bom senso desassombrado’ porque ela é simples, desprezada, e tão fora de moda que até parece estar precisando de um amigo: não parece que ela possa rejeitar seja lá quem for que lhe chegar perto. É velha expressão milenar, muito usada... antigamente. Hoje, porém, está em desuso... Uma pessoa cheia de bom senso e desassombro não fica sentada por aí consumindo-se, exasperando-se, por causa das coisas. Tem plena consciência de si mesma, vigia a estrada da vida e enfrenta quaisquer problemas, à medida que vão chegando.”

Logo depois, Persig aplica esse conceito à vida. E esconde seus comentários sob a parábola da manutenção de uma motocicleta:

“Se você vai consertar uma motocicleta, a primeira e mais importante ferramenta é uma boa porção de bom senso e audácia desassombrada. Se você não tem bom senso, nem desassombro, é melhor você recolher as demais ferramentas e guardá-las, porque não lhes serão úteis. Bom senso desassombrado é a gasolina psíquica que alimenta a máquina, e a põe em movimento. Se você não tem esse combustível, não há maneira de consertar a moto. Contudo, se você tem bom senso desassombrado e sabe conservá-lo, não há absolutamente no mundo inteiro quem possa impedir que a moto seja consertada. Está determinado que a moto se consertará. Portanto, o que se deve controlar o tempo todo, o que se deve preservar antes de qualquer outra coisa, é o bom senso e a audácia desassombrada.”

É vergonhoso. Parece-me que as expressões “BOM SENSO”, “JUÍZO”, “AUDÁCIA” e “DESASSOMBRO” se tenham perdido nas gretas do tempo, especialmente agora que a desistência é mais popular do que a persistência.

O juízo, combinado com a ousadia, capacita o indivíduo a economizar, em vez de dissipar cada centavo ganho. Ajuda nas tarefas mais difíceis, como criar criteriosamente um modelo novo, adicionar mais alguns cômodos à casa, estudar um idioma, fazer dieta para perder peso, e manter o perfil delgado... ou ler um livro por mês.

Bom senso desassombrado começa com um compromisso firme.

Bom senso desassombrado significa ter disciplina – um dia de cada vez.

Viva o dia de hoje integralmente, sensatamente – como se fosse seu último dia na terra. Pode ser mesmo...

Texto do livro Fênix, de Daniel Carvalho Luz

“Todo homem tem lá seu pouco juízo”. (R. L. Stevenso)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Começo, Meio e Fim...

E então... aí está você diante do tempo presente com a possibilidade de criar as condições pra que este dia seja um grande dia na sua história. O que você quer você vai conseguir. Pelo menos parte do que você quer poderá ser conquistada hoje. Mas para isso tem que se movimentar porque não adianta só querer e ficar esperando o milagre. Se você tem muitos quereres tenha consciência que terá muitos “fazeres”. Tem aquela música do Caetano, cuja letra é um soneto que se chama “O quereres”. Podemos adapta-la para “Os fazeres”. O ato de fazer com entusiasmo leva a realização interna que leva ao sentimento de satisfação consigo mesmo e acabará conduzindo a felicidade. Por isso envolva-se de verdade com tudo o que você faz.

Utilize seu tempo de maneira produtiva. Faça o mesmo com a sua energia, as suas qualidades, o seu conhecimento, o seu ambiente, seus relacionamentos. E até os deveres mais espinhosos. Faça valer o dia.

Vai fazer alguma coisa? Faça bem feito. Vai se comunicar? Fale honestamente.

Use o seu coração para orientar todas as suas ações pois dessa maneira se encontra o sentido e o propósito para a vida.

Bem, o dia é seu e está inteirinho a sua frente. Você pode organizar o seu dia e programar coisas agradáveis e incluindo tudo o que produz felicidade. Pode organizar as coisas que você tem que fazer e até tirar da frente aquelas encrencas que vive jogando de um dia para o outro. Ao se livrar delas você se sentirá bem mais leve e livre para encarar as novidades e oportunidades que não param de ser criadas.

Irineu Toledo

Quando começar alguma coisa, vá até o fim. Quando você termina aquilo que começa, libera energia para novas idéias. E novas idéias abrem cada vez mais perspectivas para a realização dos seus sonhos. Só não vá até o fim se perceber que escolheu o caminho errado. Neste caso, comece outra vez...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A gloria do mundo (Recomendo)

Quem já não quis na vida, um dia, a glória do mundo? Quem já não fez coisas detestáveis em nome dela – e depois veio a se arrepender amargamente? Existirá pior travo na alma que o do arrependimento? Eu já quis a glória do mundo – confesso, batendo no peito um mea culpa tardio. Uma coisinha besta e à toa, insignificante e tola. Mas quis. Talvez você que me lê, também já tenha flertado com esta ilusão que nos pega pelo desejo de ser reconhecido e valorizado. Vaidade das vaidades. Por quê? – pergunto agora, do alto da minha precária sabedoria. E faço uma outra pergunta: para quê?

Michael Jackson a quis e a teve. Ninguém a mereceu tanto quanto ele. É que ela foi feita para ele e vice-versa. Era um casamento perfeito de glórias mútuas, sem acordos de nenhuma das partes. Comunhão total de talentos. Não dá para entender Michael Jackson sem esta glória, que é brilho in natura - a glória em seu estado mais puro, elevada à milésima potência pela jactância da genialidade, a dança hipnotizadora, a imagem incandescente andando para trás.

Todos nós já nos olhamos no espelho, um dia, e nos vimos em algum palco imaginário, brilhando, brilhando... Fomos, em algum momento, tocados pelo desejo do sucesso e da fama. Ah, que gloriazinha foi essa que bafejou perto de nós um sopro de pretensiosa esperança? E o que fizemos para alcançá-la? Trabalhamos conscientes da nossa meta?

Então, para driblar o desejo de glória – tipo a fábula onde a raposa diz que as uvas estão verdes... –, tento um atalho humanístico, onde viceja uma filosofia ajuizada. É o abraço à glória do apagamento, da humildade e do escondimento. Aquele brilho nada opaco de quem opera uma máquina durante muitas horas por dia, numa linha de montagem mecânica e repetitiva. Que acaba em LER.

Sabe aquela gloriazinha oculta da vida diária, sem o menor glamour, de pegar o ônibus no mesmo ponto toda manhã; da mulher que tem de fazer o arroz e o feijão todos os dias? Bilhões de protagonistas anônimos vivem o sem graça da rotina desgastante, o aplauso solitário, as atitudes e apresentações que ninguém vê, pautadas por um desempenho que exige responsabilidade, honra, dignidade. E, não raro, talento. Eu amo esta glória, ela existe para todos nós, pobres mortais.

Quando penso nos santos, nos de vida monástica, meu coração se enche de um fogo lindo. Mas deve ser porque eu não estou lá. Não sei se aguentaria. Nós, cidadãos do mundo, não servimos para a vida conventual, ou para sermos eremitas. Contudo, cada um, no seu posto, na exata posição em que se encontra agora, está realizando algo de grandioso. Há tantos, neste momento, fazendo algo importante e talvez estejam realizando muito mais, guardadas as devidas proporções, do que os bem intencionados em seu desespero de estar em evidência a qualquer custo – em busca da fama, do sucesso e da glória.

Do ponto de vista estritamente matemático, o que é a glória do mundo? Números, cifrões, porcentagens, lucros? Ó formiguinha cortadeira. Ó formiguinha que transporta a folhinha às costas e a leva até o lugar onde o alimento é armazenado. É a glória da natureza. A cigarra canta e folga durante o verão, inebriada pelo próprio canto. Reza a fábula que, chegado o inverno, vai bater à porta da formiga, pedindo comida e abrigo. E se a formiga não estiver contaminada por alguma outra glória besta, abrirá a porta e partilhará o seu pão.

A glória do mundo cega e mata. Matou Michael Jackson. E continuará matando quantos incautos dela se aproximarem e se servirem, sem a necessária prudência. Não se brinca com ela. Os efeitos podem ser catastróficos. Estão procurando a causa mortis do rei do pop. Pois eu vos digo, sem titubear: foi a glória do mundo. Médicos, legistas, parentes, amigos, legião de fãs, eis o laudo fatal: foi a glória do mundo. Ela é poderosa e asfixiante. Causa parada cardíaca. Já ceifou vidas preciosas, talentos maravilhosos, de forma impiedosa, lenta ou subitamente, de noite ou à luz do dia, ela tem apagado para sempre o brilho criado à sua imagem.

Ó, meu Deus, livrai-nos da glória do mundo. Prefiro não tê-la. Vai um poema à la Vinícius? Se não tê-la, como sabê-la? Melhor passar ao largo desta dama perigosa, mortífera, com um canto de sereia que nos obriga a amarrarmo-nos a um mastro por dia. Ela arranca do peito o coração e do espírito a fé. Aí, ficamos vazios e cheios de um vácuo profundo. Melhor deixar que a glória passe de levinho, bafeje nossa face e nos deixe ao menos sentir seu hálito – mera curiosidade; que nos acene à distância, aliciadora e provocante, malogrando o seu intento. Seja ela a tentação; nós, a resistência.

Feliz de quem resiste à glória do mundo. Este é o sábio dos sábios. Este terá longevidade e vida farta. Ninguém se iluda com as luzes feéricas que piscam ao longe. “Ah! Se eu pudesse estar lá!...” – suspira uma multidão deslumbrada. Não, não queiram espiar a sala desta glória. Feliz de quem consegue conviver com ela, sem ser esmagado pelo seu peso brutal. Bem-aventurados os que nela encontram sabedoria.

“Sic transit gloria mundi” – assim passa a glória do mundo. Ou seja, a glória do mundo é passageira. Enfim, se você está mesmo obcecado por ela, tenha cuidado. Prepare-se. Tanto para alcançar tudo o que ela pode lhe dar e para tudo o que ela pode lhe tirar.

Marisa Bueloni
Marisa Bueloni é formada em Pedagogia e Orientação Educacional

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A.N. Diga "Obrigado"

A palavra “obrigado” tem um tremendo poder. Cada vez que você a diz para uma outra pessoa, aumenta a auto-estima dela.

Desenvolva o hábito de dizer “obrigado” a todo mundo, por tudo e qualquer coisa que lhe façam.

Durante todo o dia, diga “obrigado” às pessoas que fazem coisas por você.
E quanto mais grato você for pelo que tem, mais coisas vai ter para agradecer.

Aliás... obrigado por ler...!!!
Abraços
Angelo Novaes

Aquele que recebe um benefício não deve jamais esquecê-lo; aquele que o concede não deve jamais lembrá-lo. (Pierre Charron)

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