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sábado, 5 de setembro de 2009

Samba atravessado

O Brasil tem leis, muitas leis. Umas pegam e outras não. Igual a gripe suína. A Constituição Brasileira tem 250 artigos e 91 disposições transitórias. A americana tem cinco e a inglesa não tem nenhum. É baseada no chamado direito consuetudinário. Nome difícil para dizer que são os costumes que valem como lei.

Ainda assim tem gente querendo mais. O Poder Legislativo tem um monte de deputados, mais de quinhentas excelências e uma porção de senadores, três por Estado. Todos podem fazer leis. Mas quem mais faz é o Presidente, que também legisla por intermédio das Medidas Provisórias. E não fica por aí. Tem, ainda, as Assembléias Legislativas, uma por Estado e as Câmaras Municipais, uma por Município, mais de seis mil e quinhentos. Todos fazendo leis com um furor invejável, o mesmo com que o Presidente Lugo, do Paraguai, faz filhos.

E ainda assim tem gente querendo mais. Por isso mesmo tem aquelas leis que o chefe da repartição estabelece aquela do guarda de trânsito, aquela outra do caixa do banco. Lei dos pequenos chefetes nos seus pequenos reinos. Tem que ter firma reconhecida, tem que ter estampilha, tem que ser em duas vias.

É, e ainda assim tem gente querendo mais.

E no meio de tanta gente fazendo lei, tinha que sair muita besteira. É a chamada lei das probabilidades, que ninguém fez, mas existe e é infalível. Igual à lei da oferta e da procura e à lei da gravidade. Infalível. Mais infalível, só o Papa. E a Rede Globo.

Veja, por exemplo, o que está vindo por aí. Tramita no Congresso uma lei que estabelece cotas para brancos, negros e, provavelmente, amarelos. Os pele-vermelhas poderiam se enquadrar. Mas esses não contam, pois John Wayne matou todos.

Aprovado o tal Estatuto da Igualdade Racial, no teatro, qualquer peça terá que ter, digamos, 20% de negros, nas licitações públicas terá que ter empresa que emprega, digamos, 30% de negros. Ou nas escolas tem que aprovar, digamos, 25% de negros. Auto-escola, não sei se está incluída.

Fico imaginando uma peça de teatro falando de esquimós, passada no Polo Norte. Tem negro? Não senhor. Então multa. Tudo bem, bota três esquimós negros. Branca de Neve e os sete anões. O Dunga tem que ser negro e o Zangado tem que ser japonês. Chapeuzinho Vermelho, a vovozinha é caucasiana, mas Chapeuzinho, sei lá como essa menina nasceu assim...

É como se a realidade pudesse ser mudada por decreto. Artigo primeiro, fica abolida a pobreza, artigo segundo, revogam-se as disposições em contrário.

Consta que um antigo governador mineiro, conhecido pela sua inteligência não muito desenvolvida, ao ser informado que, nos desastres de trem o maior número de vítimas era passageiros do último vagão, baixou um decreto. “Fica extinto o último vagão”. Só que, óbvio, não é assim. A dívida social existe e tem que ser paga. Mas a realidade só pode ser mudada à custa de muita aplicação, de muita ação afirmativa e, principalmente, se a mudança começar a ser ensinada na escola.

Se o ensino público e gratuito for tão bom como o ensino particular e, principalmente, se for universalizado, aí sim as coisas começarão a mudar. E nem vai ser preciso usar a Lusitana, aquela que roda enquanto o mundo gira. Mas a mudança não virá com os da primeira geração, que estes ainda padecerão de um vício de origem. Afinal, o filho do analfabeto tem menos chances, ainda que formado doutor, do que o filho do doutor. Mas na segunda geração, sem dúvida, aí já será filho de doutor contra filho de doutor. E as coisas mudarão, haverá tantos juízes negros como brancos.

Pensar diferente é querer quebrar a cara na esquina e fomentar na sociedade uma contradição que não resiste à menor análise. Quer ver?

Se vale o vice-versa, tem que valer o versa-vice. Ou seja, num mundo de cotas por decreto, tem que ter cotas para brancos, também, por que não?

Já pensou, o samba na avenida, com 30% de loiros? Acho que não ia dar certo.



Sergio Antunes


Boa!!! Que coisa mais sem sentido esse negócio de cotas. É a maior prova de discriminação racial. Além de engraçada essa crônica nos faz refletir sobre a verdadeira solução para a educação. Que é á longo prazo. E tem que começar de casa.

Angelo Novaes

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