O que acontece quando todo mundo vai pra lá e você decide vir pra cá? O que acontece quando todo mundo concorda com uma idéia e você é o “do contra”? Antigamente isso fazia parte do jogo, não é? Mas hoje em dia não é mais assim, não. Ser “do contra” é ser do mal...
Meu amigo José Witacker Penteado escreveu sobre isso: o fato de as pessoas reagirem negativamente à mera possibilidade de que algo geralmente aceito não seja o que parece é um enorme paradoxo. Pois vivemos numa comunidade que deve defender as liberdades de expressão e de escolha. Mas que liberdade é essa que exige que você pense como a maioria?
Mas é importante não ter medo de pensar as coisas até o fim. O efeito estufa, por exemplo, pode não existir, mas isso não significa que a poluição, o desmatamento e outras ações predatórias não sejam nefastas.
O fato das leis anti-fumo atentarem contra as liberdades individuais não quer dizer que o tabaco não faça mal à saúde. Os fins, contudo, nunca justificarão os meios. Para isso, fomos dotados de inteligência e capacidade de distinguir entre o certo e o errado.
Uma sociedade que aceita o cerceamento de idéias e a censura, porque ameaçam uma idéia convencional aparentemente correta e simpática à maioria, está abrindo as portas à uma situação potencialmente catastrófica: a da perda total da liberdade de pensamento e de escolha.
Pois é... Pra terminar, uma isca Intelectual de Mário Quintana, que escreveu uns versos imortais do POEMINHA DO CONTRA: Todos estes que aí estão/ Atravancando o meu caminho, Eles passarão... / Eu passarinho!
Luciano Pires - Café Brasil
Pois é. Hoje em dia as coisas se confundem muito nesse aspecto. Discordar de algo as vezes sugere rebeldia. No mundo de hoje, algumas decisões parecem bastante com as decisões do tempo feudal, onde uma limitada parte da sociedade ditava as regras. Hoje, alguns assuntos se confundem entre o que é decidido para o real bem da maioria e o que é ditado com o argumento de que será melhor para todos. Aí vem aqueles que discordam. Esses são rotulados de rebeldes, pelo simples fato de enxergar a partir uma ótica diferente, ou pessoal, que seja. Pior ainda é quando se argumenta sobre o assunto de uma forma precisa e contundente. Aí meu amigo, você vai ser chamado ironicamente de "o dono da verdade".
Mas é bom lembrar que para discordar é preciso conhecer o assunto. Por outro lado é preciso analisar as opiniões e o assunto para não fazer julgamentos precipitados das discordâncias alheias.
Angelo Novaes
"Posso não concordar com uma palavra do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" (Voltaire)
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