Todo político é corrupto. Toda vez que ouço esta frase eu a imagino escrita de outra maneira: todo homem ou mulher em situação de poder é potencialmente corruptível...
Pesquisa realizada em 2006 reforçava essa impressão. O trabalho apontava não só que o brasileiro é conivente com a corrupção política, como também que a falta de ética não é um problema apenas da classe dirigente. O número é alarmante, e ao mesmo tempo esclarecedor: 75% dos brasileiros acreditam que cometeriam um dos atos de corrupção listados na pesquisa se estivessem no lugar dos políticos denunciados.
A pesquisa mostrava que a indignação estampada na imprensa em relação ao escândalo do mensalão não encontrava eco na reação da maioria do eleitorado. É como se a maioria de nós pensasse: "ora, bolas, trouxa é aquele que não se locupleta". Ou como diz o ditado, "feio é roubar e não poder carregar"...
E hoje, como estamos diante de escândalos que aparecem em vertiginosa celeridade? Mudamos, ou continuamos os mesmos acomodados de sempre?
Então imagine-se no poder e responda a estas perguntas: você escolheria familiares ou pessoas conhecidas para cargos de confiança? Mudaria de partido em troca de dinheiro ou emprego para familiares e pessoas conhecidas? Usaria "caixa 2" em campanhas eleitorais? Você superfaturaria obras públicas e desviaria o dinheiro para a campanha eleitoral do político ou até mesmo para seu patrimônio pessoal? Você, como eu, responderia negativamente a todas estas questões, mas e o resto da população? Pois é... Você não põe a mão no fogo, não é mesmo?
Que o eleitor brasileiro se revele, na média, tão sujo quanto os que jogam o jogo, nada que assuste ou surpreenda. Afinal, políticos nada mais são do que eleitores que resolveram passar para o lado de lá do balcão. Mas o que fazer, e como fazer, para tornar essa regra uma rara exceção?
Alexandre Pelegi
O problema é que ser totalmente honesto em nosso país é bem díficil. Principalmente no tocante à coisa pública. Acho que o que precisamos é de uma boa orientação famíliar ainda quando crianças, momento esse que estamos construindo nosso caráter. E eu não falo de educação cara, falo de caráter, o que não se compra e não se paga. É preciso passar-mos essa doutrina para nossos filhos, sobrinhos, netos, afilhados etc. Imagino que só assim, a longo prazo, teremos sensíveis resultados positívos no que diz respeito á corrupção entre outras barbaridades.
NOSSO PAÍS TEM JEITO. QUEM SE ATRAPALHA SOMOS NÓS MESMOS COM NOSSAS ESCOLHAS, FALTA DE INFORMAÇÃO, FALTA DE INTERESSE EM POLÍTICA E VAIDADES SOCIAIS. UMA BOA INDIGNAÇÃO COM O ERRADO E UMA BOA OLHADA PRA DENTRO DE NÓS MESMOS NÃO NOS CUSTA NADA E FAZ MELHORAR MUITO A NOSSA PERCEPÇÃO DO MUNDO.
Angelo Novaes
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